Moção: ECA que a promessa de que a tecnologia deve simplificar a nossa vida não está a ser cumprida.
Governo: Leonel Silva (67p.) e Francisco Carujo (68p.)
Oposição: Jorge Santos (70p.) e Diogo Navarro (73p.)
Mesa: Tatiana Madureira, João Campos e Pedro Leitão
Fotografias brevemente.
No dia 19 do presente mês tiveram lugar na FEP, as meias-finais do campeonato do CdD. O primeiro debate do dia iniciou-se às 17hr e teve como moção: “ECA que a promessa de que a tecnologia deve simplificar a nossa vida não está a ser cumprida”.
O primeiro orador do debate foi Leonel Silva. O mesmo revelou-se num constante nervosismo ao longo do seu discurso, no entanto fê-lo de forma estruturada, centrando os seus argumentos em três diferentes áreas: ambiente, política e saúde. Ao nível do ambiente tocou no tão actual e familiar aspecto da poluição provocada pela criação e activação de determinadas tecnologias. Interpelou a sua argumentação fazendo uma chamada de atenção para as guerras e para o facto de considerar que estas são impulsionadas pelas armas e tecnologias geradas pela ciência. Continuando e afirmando assim, que “a tecnologia tem mais custos que benefícios” já que, como o general de Napoleão dizia:”pior que perder a guerra é ganhar a guerra”. Na sua referência no campo da saúde ousou dizer ” A tecnologia curou algumas doenças, mas muitas mais podiam ter sido curadas de forma natural”, reduzindo também a sua argumentação a uma doença em concreto, em que afirmou “A tecnologia não está a curar a SIDA e esperemos que não crie mais doenças como ela.”.
O 1º Ministro terminou deixando clarividente que não se opunham à tecnologia, mas ao caminho que esta estaria a tomar.
Diogo Navarro introduziu a sua intervenção no debate de uma forma estimulante e apelativa, conseguindo uma proximidade dos presentes ao concretizar a ideia de inevitabilidade da tecnologia na nossa vida. Reforçando o facto de a sociedade não saber viver sem jornais, telemóveis, computadores, etc. Neste sentido, o V.L.O. afirmou convictamente que “Não só a tecnologia teve um carácter de simplificação, como se tornou numa necessidade”. Esta equação foi sendo alimentada através de uma argumentação segura e coerente, mantendo uma postura firme relativamente ao lado da moção que defendia, até ao fim do debate. Talvez a sua exibição atingisse o patamar da perfeição, se em alguns momentos, utilizasse mais humor no seu modo de exposição.
Como V.1ºMinistro, Francisco Carujo contraria a simplificação como efeito da tecnologia, como anteriormente exposto, fazendo alusão à negativa perspectiva da tecnologias. Dando como exemplos os constantes ruídos emitidos pelos telemóveis, as contas a pagar pela electricidade nas nossas casas, etc. As ideias antecedidas pelo 1º Ministro foram fortificadas pelo modo seguro e estruturante como Francisco revelou a grande influência da tecnologia no armamento utilizado nos conflitos e da devastadora poluição no ambiente, acreditando que “a tecnologia é precisa, mas de forma sustentável”.
Para terminar o debate, o L.O. Jorge Santos mostrou uma vez mais, um discurso baseado numa refutação constante ao anteriormente dito pelo Governo, pecando por não introduzir novos argumentos como forma de enriquecer a sua posição. No entanto, diferenciou-se dos restantes oradores pela enumeração de exemplos reais e concretos da forma como diferentes sectores económicos, países e pessoas são afectadas positivamente por uma tecnologia que cresce à velocidade da luz. Não perdendo a sua originalidade na formulação espontânea de frases notáveis, Jorge Santos conclui o seu discurso, afirmando que “O governo parece que gosta de matar pessoas”. Esta afirmação surge no seguimento do não reconhecimento por parte do Governo da importância da tecnologia na descoberta de meios que retardam a doença da SIDA, ainda que a cura para a mesma não tenha sido encontrada.
A mesa ponderou os vários critérios de avaliação e decidiu dar o título de vencedor deste debate à Oposição.
Até à próxima,